quarta-feira, 13 de abril de 2011

Contracorrente, de Javier Leon-Fuentes

O pescador Miguel vive no litoral peruano com sua esposa e está prestes a ser pai, quando se vê envolvido com um pintor que chegou recentemente ao local.

Posso contar nos dedos os filmes de temática gay que gostei, Contracorrente é um deles.Este foi vencedor  do prêmio de público  no Festival de Sundance em 2010.

Pode-se dizer que é uma mistura de "O segredo de Brokeback Mountain" com " Dona Flor e seus dois maridos". O trio de protagonista é muito bom, com ênfase na relação entre Santiago e Miguel que teve uma boa  sintonia e o diretor explorou muito bem isso.

Interessante destacar a relação entre os costumes e paixão que o protagonista luta. Por um lado, seu vilarejo religioso, amigos, esposa e um filho a caminho. Por outro, uma paixão por um pintor, que vai além de tudo o que ele viveu até agora.Escondido de todos, os dois vivem uma relação intensa e perigosa (brokeback).

A negação dele vai além da morte do pintor (Aí começa a relação com Dona Flor e seus dois maridos).Isso mostra a dificuldade dele de assumir para si mesmo que gosta de homem, até um diálogo interessante que rola entre os dois, evidenciando que a masculinidade de um homem está em suas atitudes e caráter e não em sua opção sexual.

Após o acidente, o filme cai um pouco de produção. Começam as revelações e ligações, todos descobrem do caso e todos podemos imaginar o que ocorre. Mas, em contraponto a relação dele com o espírito é interessante.

Com um desfecho coerente, Contracorrente mostra de uma forma diferente como é difícil a aceitação da homossexualidade, para si próprio e sociedade, principalmente em lugares com tradições religiosas.






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