domingo, 1 de janeiro de 2012

Os 30 melhores de 2011

Em 2011 vi 273 filmes. Abaixo segue a lista dos filmes com ano de lançamento (2011) que podem ou não ter estreado no Brasil.
30. Trabalhar Cansa: Um dos melhores suspenses de 2011.Coisa rara no cinema nacional.
29. Red State: Uma loucura sádica de Kevin Smith. A cena da corneta vai ficar na minha cabeça por muito tempo. Tive medo.
28. O garoto de bicicleta: Um dos filmes mais humanitários dos Dardenne.Ciança chata.
27.Gigantes de aço: Bem, fui sem nenhuma expectativa nesse filme e me surpreendeu, e muito. Um dos melhores filmes de aventura do ano.
26. Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios: Camila Pitanga em seu melhor papel, em um filme belíssimo.
25. As canções: Eduardo Coutinho documenta a importância da música em nossas vidas.

24.Albert Nobbs: Glenn Close no filme que trabalhou décadas. Um show de atuação, dela e da coadjuvante.
23. Toda forma de amor: Filme bonito, Christopher plummer numa atuação soberba.
22. HP7: Li todos os livros da série e o filme não me decepcionou. A direção optou pela ação ao invés da melação e isso foi muito bom.
21. O cavalo de Turim: Com relatos a vida do Nietzsche, acompanhamos a vida de um camponês e sua filha. Uma fotografia belíssima, torço para que chegue ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
20. Martha Marcy May Marlene: A irmã Olsen que deu certo. Filme pesadinho sobre uma seita, que aborda de um novo modo o tema.
19. 50%: Uma comédia sobre um jovem que descobre ter câncer. Roteiro original, com diálogos bem intimistas.


18. Olhe para mim de novo:Documentário que vi na mostra sobre uma transexual, o filme mais engraçado do ano.
17.À margem do Xingu. Bem mais interessante pelo fato de abordar uma causa em que me interesso muito.
16. 180º: Um show de elenco em um filme com um roteiro bem amarrado.
15.A ilusão Cômica: Mathieu Amalric que no ano passado bombom com "Tourneé" mostra que veio pra ficar na direção. Filme difícil, mas lindo.
14.Tudo pelo poder: Pode parecer político demais e "out" para nós, mas assim como "Conduta de Risco" é um filme sério, ríspido e fala sobre corrupção, com Ryan Gosling. Imperdível.
13. A pele que hábito: Um dos mais fracos de Almodovar ( se é que podemos chamar algum filme dele de fraco), mas mesmo assim... que mente! 


12. A outra terra: Ficção científica de excelente qualidade. Difícil vermos produções que abordam o tema com algum roteiro decente.
11.Like Crazy: Um dos filmes mais esperados do ano. E não fez feio. Um retrato do amor jovem da atualidade. lindão!
10. Drive: Esse é o ano de Ryan Gosling. Um filme um pouco pesado, mas que esbanja muita classe.
9. Riscado: "A atuação nacional do ano", com um filme que retrata a vida de muitos artistas no Brasil.
8. We need to talk about Kevin: Tilda Swinton, Tilda Swinton e Tilda Swinton. Em um filme tenso que fala sobre a relação de uma mãe com um filho problemático.
7. Histórias Cruzadas: Um elenco feminino de peso. Com uma das cenas mais legais de 2011: a do cocô! 


6. O planeta dos macacos: A origem: Muitos diziam impossível revitalizar a franquia. Olha aí.
5. X-Men primeira classe: Não é somente de super heróis que um filme de HQ vive, é necessário "atores", e o que os outros 3 filmes da série não tinha esse tem, 2 de peso: Fassbender e McAvoy. Graças! 
4. A árvore da vida: Ame ou odeie. Eu amei.

3. Medianeras: O filme que mais me identifiquei no ano, uma triste realidade que vivemos. E viva o cinema argentino!!!
2. O palhaço: Um orgulho de filme para o cinema nacional. Desde " O ano em que meus pais saíram de férias" não via algo tão bom! 
1. A separação: O vencedor de Berlim é o filme do ano. O Oscar de filme estrangeiro já está na mão. Nunca vi algo parecido, um elenco soberbo, um roteiro em que você não consegue culpar ou acusar ninguém! Enfim, vejam! 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os 20 piores filmes de 2011

Como bom cinéfilo, no fim de cada ano é hora de fazer nossas listinhas, abaixo segue os piores filmes que vi este ano.


20.Homens e Deuses: Nunca dormi tanto.E sou desses que coloca um elogiado na lista só pra causar polêmica.
19.Carros 2: Minha maior decepção desse ano. "Carros" é uma das animações que mais gosto, aí veio a continuação para cagar tudo.Tenso.
18.Assalto ao banco central: O filme fez o que prometeu: Boa bilheteria. Mas é bem fraco.


17.O futuro: O mais bobo do ano.
16.Apollo 18: Mesmo esquema de Atividade paranormal ou semelhantes, só que agora no espaço. Tem coisa pior?
15.Hanna: Muita promessa para um filme péssimo.


14.O besouro verde: Nem todo HQ pode ir pra telinha, principalmente com um elenco fraco.
13.Contágio: Um grande elenco e um ótimo diretor em um grande desperdício. ZZZroinc
12.Capitão América: Chris Evans estraga qualquer filme. Um tédio.


11.Sobrenatural: O dia em que fui enganado pelo trailer.
10.O ritual: Muitos gostaram, mas não consegui entrar na história. E ainda tem Alice Braga com a mesma cara de seus filmes internacionais, não muda.
9.Os pinguins do papai: Eu amo o Jim Carey e odeio pinguins. Dá pra perdoar alguns dele, mas esse...ô coisa boba, fiquei com o mesmo sentimento de Serial killer que tive em Happy Feet.


8.11/11/11. WTF?
7.Cisne: Quando Portugal tentou fazer um filme Cult deu nisso. O único que abandonei a sala de cinema este ano (WINNNNNNNN).
6.O padre. Bosta!


5.Premonição 5: Bem, só o fato de ser da franquia já entra em qualquer lista, mas eu vejo mesmo assim hihihih.
4.Invasão do mundo- Batalha de LA: Esquizofrênico.
3.A garota da capa vermelha. Um filme que faz os irmãos grimm levantarem da cova.


2. Onde está a felicidade? Bem, sabe quando há uma esperança de um pastelão ser bom? Pois é, fui na expectativa.Cheguei na sala de cinema e me deparei com uma versão de A praça é nossa, sem a menor coerência, bobo, acabando com toda a história do Caminho de Santiago, e quando você acha que não ia piorar, aparece uma musiquinha no final com a bolinha de videokê para cantarmos todos juntos.
1.Amanhã nunca mais: Precisa ser muito bom pra fazer um filme com 77min. Tudo no filme é mal acabado, TUDO!!! Acho que a equipe fez uma brincadeira séria com o público, não é possível.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O cavalo de Turim (A torinói ló), de Béla Tarr

"Em Turim, em 3 de janeiro de 1889, Friedrich Nietzsche sai do imóvel da Via Carlo Albert, número 6. Não muito longe dali, o condutor de uma carruagem de aluguel está tendo problemas com um cavalo teimoso. O cavalo se recusa a sair do lugar, o que faz com que o condutor, apressado, perca a paciência e comece a chicoteá-lo. Nietzsche aparece no meio da multidão e põe fim à cena brutal, abraçando o pescoço do animal, em prantos. De volta à sua casa, Nietzsche então permanece imóvel e em silêncio durante dois dias estendido em um sofá, até que pronuncia as definitivas palavras finais ("Mãe, eu sou um idiota") e vive por mais dez anos, mudo e demente, sendo cuidado por sua mãe e suas irmãs. Não se sabe que fim levou o cavalo".

Logo após esta narração, acompanhamos a vida do condutor e sua filha que vivem isolados, longe da humanidade, com apenas a natureza em sua volta.

Um filme sensorial e intimista, que sem muito esforço, nos coloca dentro da narrativa, onde cada movimento, cada barulho é captado por nós de forma intensa e sensitiva.

Ao longo de seis dias entramos na vida monótona e simples do condutor e sua filha e também do cavalo presente na confusão inicial e a impressão que fica é que, assim como o animal que está definhando no celeiro, os dois apenas esperam o momento em que irão definhar também.

Durante a exibição fiquei na dúvida se era o condutor ou Nietzsche que acompanhávamos. No entanto, a vida dele é uma relação com a última fase do pensador, a demência. Além disso, os pouquíssimos diálogos presentes  referenciam a mudez de Nietzsche.

Outro fator importante (talvez o mais) a destacar é a presença da natureza. Os ruídos dos ventos insaciáveis, a falta d’água, frio, o cavalo e até mesmo o Homem são exemplos da complexidade e importância que o 
diretor dá e aexaltece.

Com planos longuíssimos (zzZZz...), porém belos, característicos do diretor, Cavalo de Turim é uma obra em que somos obrigado a entrar de cabeça e alma na vida dos  personagens.Conseguindo isso, entraremos numa experiência sensorial e bela.

O filme ganhou o Urso de prata  no festival de Berlim em 2011 e é o candidato da Hungria a representá-la no 
Oscar 2012.




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Riscado, de Gustavo Pizzi

Bianca (Karina Teles) é uma excelente atriz que não consegue um emprego bom e vive de bicos para se sustentar.Certo dia, a sorte bate em sua porta e é convidada a para atuar em uma produção internacional

Ganhador do prêmio de diretor/roteiro/atriz em Gramado, o filme (aliás, Karina), ganhou também o  Festival do Rio do ano passado (melhor atriz).

Aliás, que descoberta hein? Desde o Hermila Guedes em "O céu de Suely" não via uma atuação no cinema nacional tão marcante.

Riscado além de tudo é um filme extremamente realista.Tenho amigos atores e sei a dificuldade de encaixar uma carreira de sucesso nos palcos, tv ou cinema. E se você não tiver um rostinho ou corpinho bonitinho que agrade os produtores, suas chances são ainda menores.Não basta só talento.

Além de talento, é preciso muita sorte. A protagonista vive de bicos em eventos imitando personagens históricas, como Marylin Monroe e Carmen Miranda, entre outras.Super talentosa faz um teste e os produtores gostam muito de seu trabalho, logo é convidada a participar de uma produção internacional.

Com isso, a felicidade vem à tona. Isso fica nítido na cena em que ela faz um jantar especial para ela mesmo, e coloca uma plaqueta escrito "ATRIZ".A vimos se adaptar a nova rotina de pré-produção e se desvincular do teatro e bicos.

No desfecho do filme, vimos que a  "sorte" pode ser muito traiçoeira.E como em qualquer profissão, existem muito mais fatores que podem influenciar nosso sucesso.

"RISCADO" é uma ótima narrativa sobre as dificuldades de ser ator, com uma atuação memorável de Karina Teles.Uma pena que pelo visto terá distribuição mínima nas salas de cinema =/ Quem tiver oportunidade, veja.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Medianeras, de Gustavo Taretto.


Eles moram na mesma rua, em prédios um do lado do outro, freqüentam os mesmos lugares, mas ainda não conseguiram se conhecer. Será que o destino vai permitir o encontro dos dois em uma cidade de três milhões de habitantes?

Este, com uma pegada mais atual consegue ser original ao levar uma história que já foi mais do que explorada pelo cinema americano de duas pessoas que não se  conhecem e começam um relacionamento.

Não é novidade para ninguém que as relações de hoje em dia estão cada vez mais difíceis. E que se relacionar amorosamente acaba sendo uma tarefa quase impossível.Com a correria do dia-a-dia, mais presente em cidade grande, não temos tempo para nos envolver, e os poucos “relacionamentos” são supérfluos, ocos e passageiros.

O prólogo do filme é extremamente interessante por mostrar a rotina deles.Algo que com  certeza é difícil não nos identificarmos.Durante a narrativa, acompanhamos as tentativas frustradas de envolvimento e de tornar as suas vidas mais interessantes.

Pra quem conheceu pessoalmente alguém da internet, vai rir demais na hora em que ele faz a comparação com um BIG MAC, que na foto é bem maior  mais gostoso...só que quando vem, aquele desânimo.

Além disso, muito é verdade que cada dia mais estamos mais dependentes da Internet.Como dito: “ A Internet me aproximou mais do mundo, mas me afastou da vida”.Puuuuuuuuuuuuura verdade.

Muito mais que um longa que fala sobre relações, Medianeras é uma excelente reflexão sobre nossa vida na cidade grande, em que estamos cada vez mais distante das relações pessoais.Mais um EXCELENTE filme argentino.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O planeta dos macacos - A origem, de Rupert Wyatt

SINOPSE: Após a captura de alguns macacos para pesquisa, um grupo de cientistas começa a testar neles uma droga para o combate ao Alzheimer, no entanto, os resultados vão além do esperado alterando a inteligência dos primatas.Após um incidente, resolvem sacrificar os animais, apenas um filhote sobrevive e é criado por Will (franco).

Muitos dizem que Hollywood está em uma crise de criação, investindo demais em franquias e refilmagens.Planeta dos macacos é mais uma delas, assim como X-Men primeira classe. Mas analisando friamente apenas estes dois filmes,  pensei: Será mesmo uma crise? Ou por um lado  reinventar para melhorar e dar uma nova roupagem não exige um processo criativo mais intenso?

Desde o início, há um diferencial na montagem do longa. Há cenas rápidas, sem enrolação e que faz com o que o espectador não desgrude os olhos da tela. Isso torna a história,  até então desgastada para o público atual, um pouco mais interessante. Pois não é todo mundo que se interessa por um bando de macaco que domina o mundo, certo?

O principal feito do filme que contribuiu para o seu sucesso foi a parceria com a Weta digital, empresa de animação que já supervisionou os efeitos da trilogia de Senhor dos Anéis, King Kong e futuramente em Tin tin.Os macacos são recriados perfeitamente, maior parte é de se duvidar se são animais mesmo ou animações, uma das experiências mais bem feitas atualmente.

Ok. Agora falta falar sobre os humanos do longa? Nem precisa muito, mas vamos lá.O núcleo formado por Will e seu pai é o mais importante, visto que a origem das pesquisas com os macacos são influenciadas pela vontade dele de descobrir a cura para a doença de seu pai, Alzheimer.A relação com sua namorada (pinto) é totalmente desnecessária, não agrega nada. E os outros humanos do longa servem para intensificar a maldade  e ganância presente na raça humana, o que levará a sua decadência devido ao vírus e revolta dos macacos.

Cesar. O protagonista é uma episódio à parte. Acompanhamos o seu crescimento, a relação com os humanos e sua inteligência se desenvolver.Logo, começa a questionar sua existência e após alguns acontecimentos, começa a se revoltar. O que é inquestionável, devido as atitudes que vimos, e não é de se estranhar que a primeira palavra que ele fala é "Nãoooooooooo", um grito de libertação e negação de tudo o que é errado.

Planeta dos macacos - A origem  é um excelente recomeço para a franquia e junto com X-men: primeira classe são, até agora, os melhores blockbusters do ano.





terça-feira, 23 de agosto de 2011

The Woman, de Lucky McKee

SINOPSE: Ao caçar na matar, um pai de família vê uma  selvagem e resolve levá-la pra casa e "criá-la" no porão. Logo, sua família é obrigada se adaptar a essa nova situação.

Violência de todas formas, sendo ela física, moral e sexual estão presentes neste filme. Além de canibalismo, tortura e muito, MUITO sangue.

Que família estranha! Um pai, totalmente psicopata e sem princípios, uma mãe submissa as ordens do marido, um filho que segue os caminhos do pai e uma filha que mesmo parecendo a mais "normal" sofre com abusos e se vê submetida a ele.Além de uma garotinha bizarrinha também.

Com todas essas figuras,  a canibal é a mais normal e "humana" de todos.Analisando em termos racionais, ela somente segue o seu instinto selvagem e nada mais.

Mas o pai é bem pior do que ela. Isso porque, perante a sociedade é um sujeito normal, mas dentro de casa a história é outra. Violento, sádico, machista e sem moral, trata seu filho bem somente por ser do sexo masculino, e isso com ressalvas, pois há uma série de cobranças em cima dele. Sua mulher e filhas, servem somente para servi-lo, como donas de casa e também sexualmente, o que fica nítido com a suposta gravidez de sua filha e a passividade de sua esposa.

No desenvolver do filme ficamos no aguardo de quando a canibal irá se libertar e matar todos, com alguns acontecimentos que só reforçam o que foi dito acima.

O desfecho é um show de horror.Com algumas descobertas que confrontam a insanidade do pai e as atitudes da selvagem, que até certo ponto são coerentes, devido a sua natureza.