Ganhador da Palma de Ouro em 2011, A árvore da vida é um filme único. Um magnífico experimento para questionar a relação entre a religião e ciência.
Posso dizer que este é um dos filmes mais belo que vi em minha vida.
A fotografia é um espetáculo à parte utilizando a natureza em suas variadas formas para mostrar o tamanho de sua grandiosidade e também com gestos simples, como um abraço, um beijo, ou um simples olhar. Cada cena do filme é uma poesia visual.
Paralelo a todo esse universo que o diretor criou, há uma trama envolvendo uma família religiosa que mesmo não seguindo uma ordem cronológica coerente para os padrões do cinema, é perfeitamente encaixada na idéia inicial.
Acompanhamos um pai rígido (Pitt) que ama sua família, uma mãe passiva, encantadora e amável interpretada pela revelação Jessica Chastai e seus três filhos, com destaque para o mais velho,Jack (McCracken), personagem principal da história.
Utilizar o Big Bang e a formação do Planeta Terra foi uma tacada de mestre de Malick.Isso só ajudou a realçar questão que mencionei no início do tópico: A relação entre a ciência e religião.
Sem perceber, entramos dentro da família. Acompanhando desde os mínimos aos mais complexos acontecimento da vida deles, a partir da visão de seu filho mais velho, Jack (que é representado por Sean Penn nos dias atuais, um sujeito nitidamente frio e adaptado ao mundo corporativo e também que guarda um rancor).
O maior feito deste filme é nos fazer pensar durante a projeção sobre a nossa vida. (Pelo menos eu fiz isso).Será que tudo o que fizemos até aqui foi certo? Poderíamos ter exigido algo mais de nós? Nos dedicamos a nossa família? Dentre outras perguntas. Desde o ínício ao fim é um exercício de reflexão interna.
Muito bom ter obras que proporciona isso com a gente.
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