sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quando partimos, de Feo Aladag.


Candidato da Alemanha ao Oscar 2011 e ganhador da 34º Mostra de Cinema Internacional de São Paulo, este drama vai muito além da exibição. Após o término do filme ficamos com ele na cabeça por um bom tempo, tentando digerir tudo e buscando uma explicação coerente para a natureza humana.

Logo no início vemos o quão infeliz é a protagonista. As cenas iniciais mostram fazendo um aborto, o que é compreendido nos minutos seguintes em que a vimos apanhar do marido e sofrer com seu filho.Além disso é nítido que não existe mais sentimento nenhum na relação, somente estão juntos devido a religião e valores envolvidos na cultura.

A partir disso, resolve então partir para a Alemanha viver com seus pais. No entanto, se depara com um ambiente não tão diferente do que vive. Sua família a discrimina por tal ato e resolve não aceitá-la em tal condição, com medo da represália da comunidade religiosa.Após sofrer humilhação, violência e a possibilidade de seu filho ir morar com pai, resolve ir embora.

                 O que mais me chamou a atenção é a atitude dela em relação a família. Como consegue tentar um relacionamento com eles mesmo sofrendo toda a violência e humilhação?

                E existe apenas uma resposta para isso: Religião. Todas as atitudes e comportamentos são ligados a ela. E pensamos, até qual ponto a doutrina passa de ser saudável e começa a influencias negativamente a vida das pessoas?

                Pois é, em muitos casos pessoas boas se tornam ruins devido a isso.Fica claro que sua família teria uma outra atitude senão estivesse ligada a comunidade religiosa e o final do filme não teria um desfecho tão cruel e seco.

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